quarta-feira, 27 de março de 2013

Filho ensina

kkk
 
 
Essa charge diz tudo: filho ensina! Ensina que quando se tem fome, comemos qualquer coisa (tá, confesso, sou fresca para comer, mas melhorei muito depois que a Renata nasceu), que insônia passa a ser problema raro de acontecer (verdade, antes da Renata nascer eu sofria muito mais com esse problema!), que banho bem tomado não precisa passar de 5 minutos (e cabelo comprido não é para quem tem bebês pequenos...hahahahah), que ler é algo delicioso, mas quando temos um bebê pequeno raramente conseguimos ler um parágrafo por dia!kkkkk
Certa vez li uma colunista de uma famosa publicação voltada para pais (Pais & Filhos, e se não me falha a memória, a frase é da Mônica Figueiredo) que era um completo absurdo a frase "a mãe deu a luz...", porque na verdade, quem traz a luz é o filho que nasce! Achei lindo, e muito verdadeiro nesse sentido. Um filho nos ensina tanto! Basta termos o cuidado de ouvir, mas "ouvir" com os ouvidos, olhos e coração.  Com a minha filha, aprendi desde antes de gerá-la. Como alguns sabem, moro com a minha sogra, o que no início do casamento geraram alguns conflitos, o que era de se esperar, se um casal, recém casado, tem suas brigas por conta de divergências de opiniões, imagine um casal vivendo com uma sogra! Mas depois de 4 anos de casados, decidimos que era hora de aumentar a família. E decidimos isso, eu disse para mim mesma: pelo bem da minha filha, para que ela cresça em um lar sem discórdias, eu vou mudar, vou fazer de tudo para manter a paz no meu lar. E assim foi: decidi ser feliz, e não tem sempre a razão. Escolho bem as palavras que uso (coisa que não fazia antes da Renata nascer), e na medida do possível, faço de tudo para não entrar em atrito,nem com a minha sogra, nem com meu marido. Nada atinge mais uma criança do  que viver em um lar onde a tensão está sempre presente, onde ela sente que precisa estar "pisando em ovos" o tempo todo, e a qualquer momento uma discussão pode começar.
Com a Renata também aprendi a me alimentar melhor, e lembro de quando ela era menor e eu esperava ela ir dormir para comer um salgadinho (afinal de contas, se ela me visse comendo, poderia querer também!kkkk) Depois ela foi crescendo, eu sempre controlando a alimentação dela, tentando alimentá-la da forma mais saudável possível (mas sem ser xiita, acho que não é por aí...). E como pretendo viver muuuuuitos anos (pelo menos 110, se Deus permitir!), passei a cuidar mais da minha saúde, já faz um ano que não tomo refrigerante nenhum e diminuí drasticamente o consumo de frituras (quem me conhece sabe da minha paixão por batata frita!). Resultado: emagreci 10 quilos ao longo de um ano! E continuo a emagrecer, devagar e sempre.
E por fim, com a minha filha reforcei uma máxima que sempre tive para a minha vida "Carpe Diem" - aproveita o dia de hoje. Sim, porque bebês e crianças não conhecem nem passado e nem futuro, eles pensam estritamente no momento, e o vivem de maneira mais plena possível! Se dedicam as brincadeiras com total interesse, são curiosos e desconhecem a palavra medo. E assim sigo aprendendo com a minha pequena, cada fase da vida dela me traz um novo ensinamento, e seguimos em frente, nessa troca de experiências. É isso que me faz amar ser mãe, ter sempre algo de novo para aprender, ensinar e compartilhar.
Agora me contem: o que vcs aprenderam com a chegada dos pequenos?
 
Baci
Thati
 




quinta-feira, 21 de março de 2013

Mães High-Tech

Há alguns anos atrás me espantei em ver um lançamento: uma babá eletrônica que prometia identificar o tipo de choro do bebê (desconforto, fome, sono, etc). Fiquei chocada porque a máquina mais uma vez estava prestes a substituir o ser humano! Mas a minha dúvida maior foi: quem compraria um equipamento desses? Quem confiaria mais em uma máquina do que em seu instinto, na  relação com seu bebê? Ok, mães inexperientes podem ficar aflitas com os primeiros choros, sem saber se a causa são cólicas, fome ou fralda suja (o último item é mais fácil, geralmente é fácil identificar por conta do odor que em nada parece perfume de rosas....rsrs). Mas em poucos dias, ficando 24 horas com o bebê, logo ela se torna uma expert naquele serzinho que antes parecia tão cheio de mistérios.
E agora isso, acabo de ler a seguinte matéria: pomada contra assaduras lança aplicativo que avisa quando é hora de trocar a fralda!!
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/vi-na-internet/aplicativo-hipogl%C3%B3s-avisa-se-fralda-beb%C3%AA-est%C3%A1-suja-213513478.html
O que é isso minha gente?? Posso estar enganada, mas vejo as mulheres de hoje cada vez mais perdidas em meio a tanta  tecnologia para "ajudar" a cuidar do bebê! Ao invés de se conectar ao bebê,essas tecnologias tornam as tarefas frias e automáticas.
Sem falar nos vídeos, brinquedos e uma infinidade de equipamentos que prometem entreter e deixar os bebês "mais espertos". O melhor brinquedo para o bebê é vc, mamãe (e papai também, claro!)! Brincar de esconder o rosto e achar, cantar, ler histórias, empilhar blocos, jogar bola, coisas simples e que muitas vezes são esquecidas.
Amo tecnologia, quem me conhece sabe disso, mas acredito que tem hora para tudo, e certamente um bebê não necessita de todos esses aparatos tecnológicos para crescer feliz!

segunda-feira, 11 de março de 2013

De volta para o passado

O tempo passa cada vez mais depressa, e na vida dos filhos é parecido com uma fase de videogame, quando vc pensa que já passou pela fase mais complicada, vem a próxima e vc se descabela para descobrir "novos truques" que te ajudem a passar mais essa fase.
Minha mocinha está cada vez mais mocinha. Ontem comprou com a mesada mais um livro (da mesma autora da série que ela está lendo), e o título diz tudo: " Manual de sobrevivência da garota descolada". Como sempre faço, estou lendo antes de entregar o livro para ela, assim podemos trocar ideias sobre o conteúdo do livro, esclarecer dúvidas, expressar nossa opinião sobre os temas abordados, etc. Já estou na página 127 (são 140 páginas) e super recomendo a leitura para garotas a partir de 8 anos (assim, mesmo que ainda não estejam na puberdade, já podem ir se preparando para quando acontecer com elas). Tenho certeza que a Renata vai curtir bastante o livro.
Também ontem minha cunhada esteve aqui em casa, e rolou o assunto sutiã, minha cunhada perguntou se a Renata queria um sutiã e ela veio me contar. Combinei que quando ela precisasse de um, a tia poderia dar o primeiro sutiã! Acho que ela gostou da ideia. Na escola algumas coleguinhas já usam (pois os seios já estão crescidinhos...), outras usam creio que para se sentirem "mais velhas", afinal, sutiã é coisa de mulher!heheh
Mas agora explicando o título desse post. Vendo a minha pequena crescer, lembro-me com clareza essa fase da minha vida, aos 9, 10 anos... Meus sonhos, desejos, tristezas, tudo vem à memória. É uma fase de ebulição, hormônios a mil, sentimentos confusos, em um momento queremos que tudo continue como sempre foi (tão mais simples brincar de boneca) e no momento seguinte, queremos ter liberdade para tomar decisões e sermos vistas como alguém que tem suas próprias ideias.
Minha pequena está assim, mais sensível, chora por qualquer motivo. Nesse ponto, somos bem diferentes, sempre fiz a "linha durona", detesto chorar na frente dos outros até hoje, fico constrangida. Mas entendo que os problemas da cabecinha dela são problemas enooooormes para ela, porque eu me lembro de me sentir muito incompreendida quando meu pai dizia: "a sua única preocupação são os estudos, vc não tem mais nada com que se preocupar..." O quê???? (eu pensava!) Como assim??? A última coisa que penso são os estudos!rsrsrs (pobres papais, sempre fui um problema quando o tema era escola...afff) Minhas preocupações eram outras, meu peso, a zuação dos meninos na escola, minhas amigas, enfim, tudo menos aritimética e gramática.
Por outro lado, Renata ainda não pensa em meninos (não como futuros namorados), por enquanto são apenas amigos, e quando o primo diz que vai ser namorado dela, ela apenas responde que ele é como um irmão. Também declara que não vai casar (menina, apaixonada pelo pai, deve pensar: bom, com meu pai não posso casar, e ele é o melhor homem do mundo, então não me caso com ninguém...kkk). Estou pensando em registrar isso em cartório, assim terei uma prova de que ela mesma disse isso...rsrs
Agora, voltando ao livro, quando a Renata chegar na página 109 teremos "a conversa". Sim, porque o livro não entra em detalhes de como tudo acontece, e sugere que a criança converse com os pais sobre o assunto " como os bebês são feitos"... Ui... Vou precisar de muuuuuuita concentração, espero ser o mais espontânea possível. Outro dia Renata se atrapalhou com as palavras e me perguntou se eu usava "camiseta" (ela queria mesmo era saber de camisinhas, pois tinha acabado de passar uma propaganda sobre o assunto). Bom, mas ela disse camiseta, e a resposta foi de acordo com que ela perguntou: claro que uso, todos os dias, olha só, estou usando agora...rsrss Tá, fugi do assunto, mas não menti nem deixei de responder a uma pergunta. Ah, e em outra oportunidade, esclareci para que serve a camisinha.
Agora é com vcs, amigas que tem filhas pré adolescentes, adolescentes, adultas: como foi essa fase para vcs e suas filhas? Havia espaço para o diálogo? Ela procurava vc para esclarecer as dúvidas ou havia uma distância quando o assunto era "delicado"? Espero os comentários! :o)
Baci
Thati