quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Crianças Terceirizadas

Ontem fomos (Renata e eu) ao cinema com a minha irmã. Como de costume, observei muitas mães com suas sacolas de compras e a babá ao lado, empurrando o carrinho do bebê. No retorno para casa, me lembrei de um post feito em um blog que causou o maior alvoroço na blogosfera materna. O post tinha como título "dicas de como viajar com a babá". Tirando o tom arrogante com que a dona do blog se referia a babá, o que mais deixou as mães indignadas foi o descaso da mãe com o filho pequeno. Ela chegava a dizer que foi ótimo ter levado a babá nas férias porque assim podia sentar na cadeira de praia e ler uma revista enquanto o rebento era entretido pela babá... Então me lembrei do tíltulo de um livro e procurei no google, logo encontrei essa entrevista maravilhosa, com um médico pediatra com mais de 40 anos de consultório (sinal de que já viu e ainda vê muita coisa!), e vários livros escritos sobre as crianças. Segue o link da entrevista, assistam, vale muito a pena!

http://www.youtube.com/watch?v=w1CvvDWkd_0

Comentava com a minha irmã de que às vezes eu tinha a impressão de que estava ficando doida, será que só eu acho, no mínimo descabido, uma mãe que vai na igreja e leva junto a babá?  Ah, ela não convidou a babá para assistir ao culto, ela levou a babá para que ela ficasse na salinha com as crianças. Ok, vc vai dizer que talvez ela não tenha confiança nos professores da salinha, então que ela mesma ficasse com as crianças! Ah, mas ela que assistir ao culto... Na igreja que frequento os cultos são gravados, vc pode assistí-lo em casa (sim, não é a mesma coisa, não tem a comunhão com os irmãos, mas essa fase da criança pequena vai passar, e vc poderá retornar aos cultos normalmente).
É normal, a mulher ir ao shopping fazer compras com um bebê, e levar junto a babá? Aí vão dizer: ah, mas ela paga a babá, tem que aproveitar o serviço. Entendo uma mulher que trabalha fora, que precisa ajudar no orçamento familiar, e por isso contrata uma babá para que essa cuide da criança no período que a mãe está ausente. Mas uma mãe, que não trabalha fora de casa, e contrata uma babá para não precisar se ocupar com a criança, desculpa, mas isso não entendo.
E aos finais de semana, com as pracinhas lotadas de "mulheres de branco", e mães e pais ao celular, sem nem sequer lançar um olhar para o filho.
O Dr. José Martins Filho está certíssimo em levantar a questão:  será que vc que pensa em ser mãe ou pai, tem vontade e disposição de educar uma criança? Como uma mãe tem coragem de dizer que não tem paciência com crianças, por isso deixa com a babá? Crianças exigem tempo, de qualidade e em quantidade, como bem disse o Dr, se engana quem pensa que um beijinho e "eu te amo" já resolvem tudo. É preciso investir tempo, e não só dinheiro em mil e uma atividades para as crianças ficarem ocupadas.
O que eu penso é que a vida é feita de escolhas, ter um filho é uma escolha seríssima, requer amor, comprometimento e dedicação, e não tem nada de errado em não querer ter filhos, errado é ter filhos e tercerizá-los.

Baci
Thati

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Respeitável Público!

 
 
Dia 25 de janeiro é feriado em São Paulo (aniversário da cidade) e aproveitamos o fim das férias e fomos para praia com a pequena. Estrada vazia, ao chegarmos na cidade nos deparamos com o Circo Stankowich! No mesmo dia fomos conferir o espetáculo! Eu me lembro de ter ido ao circo uma única vez, mas com sinceridade, não me recordo de muita coisa. Já fazia algum tempo que eu queria levar a Renata no circo, faltava apenas a oportunidade (e ela chegou!).
Friozinho na barriga, aquela sensação de estréia no ar, quando o espetáculo começou meus olhos encheram d'água! Vem aquela saudade da infância, da inocência, dos olhos que brilham a cada nova descoberta. A Renata? Ela amou! Curtiu com a gente cada momento, e elegeu o homem que andava em um círculo gigante o melhor número.
O Du e eu achamos o melhor do espetáculo o palhaço, impressionante como sem emitir nenhuma palavra ele fazia todo mundo gargalhar!
Esse é um passeio que eu recomendo, vale muuuuito a pena!
E vcs, já levaram os filhos ao circo? Como foi a experiência?
 
PS* Aqui está o site do circo que fomos:http://www.stankowich.com.br/o_circo.html
 
Baci
Thati
 
 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Obesidade

Escolhi o título "Obesidade" e não "Obesidade Infantil" porque esse não é um problema exclusivo das crianças, pelo contrário, geralmente a criança obesa tem pais obesos. Eu lutei com a balança desde que me entendo por gente, já na infância o pediatra aconselhou minha mãe a não oferecer alimentos calóricos devido ao meu sobrepeso. E passei a vida assim, na adolescência fazendo dietas malucas, emagrecendo muito, mas engordando logo em seguida (devo ter tocado muito forró tamanho foi o efeito sanfona em minha vida!rsrssr). Cresci, e já adulta passei a consultar endocrinologistas, alguns receitavam remédios (que me deixavam doidinhas, meu marido lembra bem...kkkk), outros passavam dietas altamente restritivas (fácil entender, corte açúcar, fritura, gordura e coma muito mato!). Não é de se estranhar que nada disso funcionou. Porque o que funciona não é dieta, é mudança de hábito. Quem faz uma dieta pensando em atingir a meta de depois "voltar a vida normal", certamente vai engordar tudo de novo. Demorei para entender, mas controle alimentar é para vida toda.
Mas vamos falar das crianças. Antes mesmo da Renata nascer eu já me preocupava com a questão do peso dela. Explico: não desejava que ela passasse pelo que eu passei a vida toda, brigando com a comida, tentando vencer a compulsão. Não consegui amamentar por muito tempo (ela só mamou até os 3 meses), mas isso não é desculpa para ter um filho gordinho (dizem as pesquisas que bebês que não foram amamentados com leite materno tem mais tendência de se tornarem adultos obesos). A amamentação é só uma parte (importantíssima, mas apenas uma parte), depois que eles passam a se alimentar como nós, a responsabilidade em oferecer alimentos saudáveis é nossa! Não vou dizer que a Renata ama brócolis, come salada todo dia e nunca come doces (doce para ela é bala e pirulito!). Tudo é uma questão de exemplo, eu não como salada todos os dias. Mas ela não fica um dia sem comer feijão, gosta muito de bife e não dá a mínima bola para bolachas recheadas, bolos, batata frita, enfim, tem uma alimentação razoável (digo razoável porque em termos de legumes e afins ela é bem seletiva, salada para ela é só alface e tomate, o resto ela torce o nariz).
O apelo para o consumo de produtos industrializados com marcas que envolvam personagens infantis é grande, é só vc ir até o supermercado e ver quantos sucos, bolachas, salgadinhos, macarrão e uma porção de outros produtos trazem na embalagem os personagens preferidos da garotada. As propagandas na tv também incentivam a compra desses produtos.
Então as mães resolveram se unir contra esse bombardeamento de produtos voltados para o público infantil. Mas eu me pergunto: ok, ninguém merece propaganda de suco com palhaços a todo instante na tv, mas quem compra esses sucos? As crianças? Não! Quem compra são os pais, que não resistem aos apelos infantis e pensam que não custa nada pagar 1 real num suquinho e garantir o satisfação dos pequenos. Mas essa atitude custa caro. A saúde da criança vai pagar mais tarde, caso ela tome o dito cujo diariamente. E quando a criança resolve fazer um escândalo, daqueles dignos de Oscar, se jogando no chão do mercado para que os pais comprem a bolacha dos bichinhos... Os pais cedem ao apelo?
Agora querem proibir a venda de "brindes" nos fast foods.... Quem compra esses lanches? Acorda pessoal, quem compra somos nós, pais! Se não queremos  que nossos filhos comam algo, é só não comprar, simples assim! Ah, mas a criança vai pedir, vai ficar com vontade, todos os amiguinhos comem... Se temos convicção de que algo não vai fazer bem ao nossos filhos, temos que ser firmes, é pelo bem estar deles!
Eu compro sim lanche em fast food, mas não sempre. Às vezes a Renata pede (na verdade mais interessada no brinde do que no lanche) e numa boa digo que não. Ela aceita, sabe que não adianta discutir (manda quem pode, obedece quem tem juízo!).
E graças a Deus, a pequena segue crescendo saudável e sem problemas com a balança, e espero que seja assim para vida toda, pelo bem da saúde dela!
E vcs, se preocupam com o tema?  As crianças comem de tudo, ou torcem ou nariz para alguns alimentos (ou para muitos)? Como lidam com as propagandas cujo alvo são os pequenos consumidores?
Baci
Thati

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Amar com os defeitos

Esse vídeo tocou meu coração, quantos casamentos não seriam desfeitos se as pessoas entendessem que ninguém é perfeito, que as relações não são perfeitas, mas que apesar de todos os defeitos é possível amar uma pessoa de todo o coração!

http://www.youtube.com/watch?v=HfwNHzp0hgY

Quantas famílias não estariam mais unidas se cada um percebesse que o que imaginamos que o outro deveria fazer (ou ser) não depende de nós, e sim da escolha de cada um? Porque perder tempo e energia tentando mudar outra pessoa (sendo que só ela mesmo pode mudar, se assim quiser)?
Que exemplo estamos dando para os nossos filhos quando só criticamos outras pessoas (ei, não sou miss perfeição não, faço isso também, mas tento me policiar, esse não é o tipo de comportamento que eu quero ver minha filha imitando), sendo que nós mesmos somos imperfeitos?


"Não julguem, para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Mateus 7:1-5

A Palavra de Deus nos ensina como proceder em todas as situações, basta lê-la (e colocar em prática, só ler não adianta!).
E para finalizar, amo meu marido imperfeito, mas perfeito para mim, pois foi resposta de oração e sei que ele é o homem que Deus separou para ser meu marido, antes mesmo do meu nascimento.

Baci
Thati

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Começo, meio e fim

 


Em algum momento da vida, as crianças tem contato com a morte. Pode ser a morte daquele feijãozinho que ela plantou com tanto carinho no algodão, a morte de um peixinho, de um cachorro, ou até de um parente. A forma como lidamos com o assunto faz toda a diferença. Sei de histórias de mães que sem coragem para contar que o passarinho morreu, comprou outro rapidinho e colocou no lugar do finado pássaro. Não acho legal. A verdade (de acordo com o entendimento e idade da criança, claro!), é sempre melhor. A criança enganada questionou: - esse pássaro não parece o mesmo... A mãe, sustentando a mentira inventou que era porque haviam trocado a ração, então ele estava mais gordinho, e por aí foi...
Desde bem pequena, fui introduzindo o assunto na vida da Renata. Começando com as plantinhas, o feijãozinho mesmo (que ela amava cuidar, e ele crescia tanto, brincávamos que ia parar no meio das nuvens, como o do João e o pé de feijão!rsrs), mas em certo momento, o feijãozinho morria. Ela ficava tristinha, mas aí era hora de explicar, que tudo na vida é assim, nasce, cresce e morre. Depois vieram os peixinhos... Alguns ela sofreu, outros nem tanto. Quando a nossa cachorrinha morreu (depois de 16 anos, muito bem vividos!) a Renata estava com uns 5 anos... A Agatha já estava fraquinha fazia um tempinho, com alguns tumores pelo corpo, enfim, sabíamos que não iria demorar... Um dia ela amanheceu passando mal... Meu marido enrolou ela no cobertor e ele e minha sogra foram para  a clínica veterinária, sabendo que ela provavelmente não voltaria mais... Lembro do carro saindo e do meu marido dizendo para a Renata se despedir, talvez ela não voltasse pra casa. Ela se despediu, e quando foram embora começou a chorar, e disse que não queria que a Agatha morresse... O tempo passou, e dias depois chegou uma cartinha do veterinário, dizendo que nossa cachorrinha estava bem e feliz, no céu dos cachorros, brincando com muitos amiguinhos! Aquilo acalmou o coração da pequena, confirmamos  a carta, e assim ela entendeu que tudo na vida tem seu começo, meio e fim. Claro que o fato de termos outra cahorrinha (uma daschund muito fofa!) ajudou um bocado, mas a Agatha era única, como cada ser vivo é.
Ano passado minha amada vó faleceu. Foi duro, mas também sabíamos que o fim estava próximo, porém nunca estamos preparados quando acontece. Na ocasião do enterro, perguntei se a Renata queria ir, ela como sempre, diplomática, respondeu: vcs que sabem. Disse a ela que não, essa decisão era dela, ela tinha que decidir. Ela preferiu não ir. Claro que o contato que ela teve com a Bisa foi muito diferente do contato que tive com a minha vó, logo a relação era muito diferente. Mas ela sentiu mais por me ver tão triste. Faz parte, "curtir" a tristeza, chorar, viver isso da forma que vc achar melhor, mas nunca, nunca esconder seus sentimentos.
E assim a vida segue, ver nossos filhos sofrendo nos faz sofrer ainda mais, mas esse é o tipo de situação que não depende de nós, não temos como evitar.
Dedico esse texto para minha amiga Alessandra Linhares e sua família (em especial seus filhos), que hoje perderam uma grande companheira, a Kimmy...

PS* O livro que ilustra esse post trata do assunto morte de uma forma bacana e com um final feliz!
Baci
Thati

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tudo novo de novo!

É isso aí, começo de ano, já na segunda quinzena de janeiro, hora de providenciar o material escolar.
Alguns dias atrás fomos comprar a mochila nova, presente da Vó que não resiste aos pedidos da netinha... E é claro, mochila nova tem que ser da Monster High (quando vai passar essa fase, me diz que é logo?rsrsrs). Mochila e lancheira nova (sim, papai deu a lancheira, já que a Vovó comprou a mochila), hora dos lápis, cadernos, apontador, tesoura e tudo mais que uma garotinha de 9 anos precisa para começar bem seus estudos. E me vem à memória meus tempos de criança, da felicidade em ver os cadernos novos, livros sem "orelhas", tudo novinho em folha (livros devidamente encapados, para durarem mais!). Para criança é importante esses itens novos (não precisa ser nada caro, como uma mochila nova se a do ano passado ainda está em condições de uso!), é bacana ter lápis novos, um estojo diferente, acredito que tudo isso incentiva a criança a querer retomar os estudos. Férias são excelentes, brincar sem o compromisso de ter hora para lição de casa, fazer passeios, ver tv até mais tarde... Às vezes a volta às aulas se torna um pesadelo! Então esses mimos fazem a criança lembrar do lado bom, dos amigos que vai rever, da hora do recreio, de como é bacana aprender coisas novas.
Agora é com vcs, como estão os preparativos? As crianças se empolgam com os itens comprados? Pedem itens com os personagens favoritos (sempre os mais claros, óbvio!rsrs). Como vcs lidam com esses desejos, compram tudo de acordo com o gosto do pequeno estudante ou deixam escolherem só alguns itens?
Baci
Thati

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Faça a diferença!


"Um escritor morava na praia, junto a uma colônia de pescadores.
Todas as manhãs caminhava à beira do mar e pela tarde ficava escrevendo.
Um dia ele viu um vulto que parecia dançar.
Ao chegar perto, reparou em um jovem pescador que recolhia estrelas do mar da areia para jogá-las novamente de volta ao mar.
Por que está fazendo isso? Perguntou o escritor. O pescador respondeu: vc não vê? A maré está baixa e o Sol está brilhando, se ficarem na areia vão secar e morrer!
O escritor espantou-se e respondeu: meu jovem, existem milhares de quilômetros de praia neste mundo e milhares de estrelas do mar pelas praias, que diferença faz? Vc joga umas ao mar e a maioria vai perecer de qualquer forma.
O pescador pegou mais uma estrela, jogou de volta ao mar e olhou para o escritor. PARA ESSA EU FIZ A DIFERENÇA!
À noite o escritor não conseguiu fazer nada.
De manhã voltou à praia, procurou o jovem e começaram a lançar as estrelas do mar de volta ao mar.
Sejamos, portanto, mais um dos  que querem fazer a diferença!

Autor Desconhecido"

Me lembro claramente das ações que minha mãe praticava para fazer a diferença. No prédio em que morávamos o número de adolescentes era grande, e sem ter o que fazer, acabavam aprontando pelo condomínio! Mas isso só quando não existia o "clubinho da Tia Mara". Minha mãe organizava passeios, festas (lembro dela fazendo os convitinhos em forma de picolé para a festa do sorvete, em forma de pijama para a festa do pijama...), concursos, e jogos de perguntas e respostas. Os prêmios eram coisinhas simples, bombons, balas, mas todos participavam, na maior animação, sem brigas nem confusão. E até hoje, homens engravatados e mulheres com filho no colo se recordam do "Clubinho da Tia Mara". Também me recordo da época que ela fazia um trabalho em uma favela, ao lado de uma amiga, iam lá semanalmente, reuniam as crianças e contavam histórias da Bíblia. O mais bacana é que minha mãe nos envolvia nessa ação, minha irmã do meio que sempre desenhou muito bem fazia a ilustração do versículo a ser estudado, minha mãe escrevia à máquina os versículos, xerocava, então chegava a minha vez: recortar! Sempre fui boa nisso, recortava a ilustração, depois o versículo, pintava o desenho e minha mãe grampeava os dois juntos. Ela fez diferença na vida daquelas crianças carentes.
Eu tento seguir o exemplo da minha mãe, participando de um projeto que amo, o Love Quilts (ainda não conhece? Corre lá: www.lovequiltsbrasil.org), sendo voluntária no berçário da igreja que frequento, e assim, tento ensinar a minha filha que é mais feliz aquele que faz alguém feliz do que aquele que só espera receber. A alegria de uma criança ao ver seu acolchoado pronto, a gratidão de uma mãe que conseguiu assistir a um culto na igreja porque alguém cuidou do seu bebê, tudo isso não tem preço.
E lá longe, quando estive no Canadá, vi como as atitudes "falam" mais do que mil palavras! Minha Vó pediu que eu levasse umas pêras para a vizinha de baixo, eu com meu inglês "capenga" me enchi de coragem e fui (antes minha Vó me disse o que eu devia dizer em inglês...rsrs). Ao me receber, ao trocarmos poucas palavras, a senhora disse: é costume no Brasil sempre levar algum mimo quando visitam a casa de alguém? Sua Vó nunca veio aqui em casa de mãos vazias!" Isso é gentileza! Minha mãe sempre fez isso também. Não precisa ser nada elaborado, uma receita maravilhosa, é o gesto que conta!
Eu quero ser como minha mãe é, e como minha Vó foi, uma pessoa gentil, que gosta de agradar o próximo e fazer a diferença!
Baci

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Trabalho de criança é pouco...

Já dizia minha querida Vovó: "trabalho de criança é pouco, mas quem não aproveita é louco!". Não estou falando do trabalho infantil nas carvoarias ou em propagandas e novelas, estou falando daqueles serviços domésticos que os pequenos amam fazer (pelo menos enquanto são pequenos, vamos ver como ser comportarão na adolescência...rsrs). Renata sempre gostou de me imitar nos afazeres "do lar", como passar roupa, tirar o pó (tenho uma foto dela com mais ou menos 1 ano e meio "limpando" um móvel, com paninho na mão e tudo!!kkk), lavar louça (ganhou aquelas cozinhas com pia, geladeira e fogão tudo junto aos 2 anos de idade), e por aí vai. Ela cresceu, mas continua amando me ajudar em todas as tarefas, muitas vezes se oferece para ajudar secando a louça, ajudando a recolher as roupas do varal, mantendo o quarto dela em ordem (essa parte é a mais complicada, sei que não devemos "rotular" as crianças, mas ela tem uma tendência a ser bagunceira que eu tenho certeza que "puxou" da tia, nunca sabe onde estão suas coisas...affff). E acredito que envolvendo as crianças nas tarefas de casa elas entendem que cada membro pode contribuir um pouquinho, assim não fica cansativo para ninguém. Fico feliz em ver meu marido ajudando nas tarefas da casa, quero que minha filha cresça com esse exemplo de que não é porque o pai trabalha fora e trás o dinheiro para casa que as tarefas do lar devem ficar todas por conta da mãe. E vcs, mães de meninos, espero que ensinem a eles que nenhuma mão cai de levar o prato até a pia, que homens lavam louça sim (quantas vezes vi meu pai lavando louça nos fins de semana, era uma forma de dizer a minha mãe: vc merece descansar nos fins de semana!) e mulheres são companheiras, não empregadas. Fica a dica: as crianças aprendem o que vivenciam!
Baci

domingo, 13 de janeiro de 2013

Ou Isto ou Aquilo


Acho lindo esse poema! Simples e verdadeiro. Na vida tudo são escolhas, e como eu vivo repetindo para Renata, na vida não se pode ter tudo. Certo dia no começo do ano passado Renata voltou um pouco "bicuda" da escola. Ao perguntarmos qual era o problema, ela revelou: somente ela e outro colega de classe não recebiam mesada! Explicamos que na medida do possível, fazíamos as vontades dela comprando as figurinhas que ela queria, os lanches com os tais brindes, e tudo isso custava dinheiro, e se ela tivesse uma mesada, essas coisas ficariam por conta dela. A Vó declarou que ia dar a mesada - brilho nos olhos da criança, uma nota de 20 reais na mão dela! Decidido, explicamos que agora o dinheiro seria administrado por ela, se acabar antes do mês acabar, só no mês seguinte. Não demorou muito para ela perceber que o tal lanche com brinde custa uma pequena fortuna, que a revista que ela gosta custa quase metade do valor da mesada, que figurinhas são "baratinhas", mas se vc comprar muitas a grana acaba, enfim, ela percebeu que "ou isto ou aquilo"!  Claro que houve uma tentativa de voltar atrás, deixar de ganhar a mesada e voltar a receber pequenos mimos sempre que possível, mas a resposta foi negativa, combinamos dela receber a mesada, e assim vai continuar. Acredito que a mesada educa pais e filhos (quando os pais obedecem as regras estabelecidas e não dão mais dinheiro caso a "fortuna" do rebento acabe antes dos desejos satisfeitos...rsrsrs). Todos temos desejos, vontades, mas a verdade é que para viver precisamos de pouco (e esse pouco, já é muito!): uma casa para morar, alimento, roupa, isso é o fundamental, certo?
" e, de fato, é grande fonte de lucro a piedade com o contentamento. Porque nada trouxe para este mundo, e nada podemos daqui levar;  tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes." 1 Timóteo 6: 6 - 8.
Em uma sociedade onde somos bombardeados todos os dias por comerciais dizendo que precisamos de tal produto para sermos felizes, essa verdade bíblica nos mostra o contrário. Ao invés de estarmos sempre querendo mais, que tal agradecermos por tudo que temos? Esse é o desafio, fazer nossos filhos entenderem que eles são muito abençoados.
Agora me contem, e na casa de vcs? Tem mesada? A garotada reclama das coisas e sempre quer mais (no melhor estilo Tubarão, vc  dá a mão e ele já quer o braço, o corpo...kkkk)? E vc, contribui para esse consumo (sendo consumista) ou segura a onda?

Baci
Thati

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Crianças e a internet

As crianças de hoje já nascem sabendo mexer no computador, celular, DS, ipad, ipod, ai sei lá mais o quê...rsrsrs São frases que ouvimos a toda hora. E é verdade, as crianças crescem cercadas desses aparelhinhos fantásticos e se viram muito bem com eles.
Minha pequena ama computador. Tá, eu admito (de novo!) eu incentivei desde novinha! Com dois anos sentava ela no meu colo e colocava um cd interativo chamado "meu pequeno mundo", uma casa virtual com cômodos, objetos e jogos para a criança interagir. Depois veio o "Coelho Sabido", e joguinhos na internet, etc. Ok, mas qual o limite de tudo isso? No começo era bem limitado, poucos minutinhos, mesmo porque, acredito que criança pequena tem mais é que primeiro experimentar o real para depois passar para o virtual, nada de "esquecer " a criança no computador.
Há 3 anos atrás ela descobriu o Club Penguin, eu já havia lido sobre o site, mas achei tão fantástico que fiquei quietinha, esperando para ver quando ela descobriria... Ela descobriu através de um coleguinha da escola. Desde então tem o tal avatar de pinguim, e joga todos os dias. No começo eram só alguns dias da semana, e cerca de 40 minutos. Agora aos nove anos, ela acessa todos os dias, e não fica mais só no CP, gosta do site da turma da Mônica (gosta de ler as tirinhas e até manda para gente por e-mail as que ela gosta mais!), dos jogos do Super Meninas, e ficar pesquisando sobre livros, brinquedos. Mas tudo isso com supervisão. Não, não fico do lado dela o tempo todo, mas ela sabe em quais sites pode entrar, e se quer ver algo novo, me pergunta se pode. Uma vez li uma matéria na revista Crescer que comparava navegar na internet como a ensinar a criança nadar: no começo vc fica do lado, coloca bóia e vai ensinando. Depois de um tempo ela até pode nadar sozinha, mas sempre com supervisão de um adulto. Amei a comparação! Ela já entende por exemplo que muitas pessoas se passam por outras na internet, logo nem tudo que lemos e vemos na internet é verdadeiro ou seguro. No CP por exemplo, ela só tem acesso ao bate papo seguro, já com frases prontas. Às vezes dá indiretas de que gostaria de ter um facebook. A resposta é sempre a mesma: quando tiver idade suficiente, poderá ter. Se não me falha a memória, o facebook coloca a idade de 13 anos como idade mínima. Então resolvido, quando for permitido terá. Mesmo porque, como a maioria  dos usuários são adultos, vejo muitas postagens que considero inadequadas para crianças.
E vcs, como se relacionam com as tecnologias que tanto fascinam crianças e adultos? A criançada curte um computador? Games? Existe um controle com relação a horário e conteúdo do acesso?
Baci
Thati

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

M de...Menarca!

Não, sem susto, ela ainda não chegou para a minha filha! Mas segundo a wikipedia a menarca pode ocorrer entre os 9 e os 18 anos (18 anos??? Alguém conhece uma mulher que ficou menstruada só aos 18 anos??????). Isso significa que talvez não demore tanto para acontecer com a minha pequena, dizem que a idade em que a mãe teve sua primeira mesntruação pode ser um indicativo de quando acontecerá com a filha. Eu fiquei aos 10 anos, muito novinha eu acho. Apesar de ter me sentido "importante" como as demais mulheres da casa, senti que perdi um pouco da minha infância. A gente passa a se preocupar com "a data da visita", possíveis manchas na calça (quem nunca amarrou um moletom na cintura que atire o primeiro absorvente!rsrsrs), verificar mil vezes no espelho se nada está aparecendo, e por aí vai. Mas passando por outros blogs, descobri que para algumas mulheres a chegada da menstruação foi como um ritual de passagem, com direito a parabéns, bolo, flores e muita comemoração. E fiquei pensando... Como vai ser quando acontecer com a minha pequena? Achei lindo o comentário de uma moça, dizendo que ganhou rosas vermelhas do pai, porque ele disse que era assim que toda mulher deveria ser tratada! Achei de uma delicadez sem fim! Ah, uma coisa que eu de-tes-ta-va, era quando alguma tia perguntava: já ficou mocinha? Aquilo simplesmente me irritava, acho que na minha cabeça o assunto era pessoal demais e eu não queria sair contando para todo mundo o fato, e pensava, que coisa mais boba, ficou "mocinha", eu já era mocinha antes...kkkkk E vcs meninas, como aguardam a chegada da menarca de suas filhas? Já pensaram no assunto? O que dizer, como explicar todo o processo que leva a menstruação, comemorar, não comemorar... E a experiência de vcs, como foi?
Baci
Thati

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Doidas Demais

Pois bem, estava assistindo de novo esse filme:

Doidas Demais

Sinopse:

"No final da década de 60 era difícil não encontrar Suzette (Goldie Hawn) e Lavinia (Susan Sarandon) junto aos grandes astros do rock'n'roll da época. Apelidadas de "Banger Sisters", elas viveram intensamente este período e tem fotos para provar isto. Porém, mais de 20 depois, a vida de ambas mudou bastante. Lavinia agora é uma pacata dona-de-casa, que serve de exemplo na comunidade onde mora. Já Suzette manteve-se fiel à sua juventude. O tempo afastou ambas, até que Suzette, em dificuldades, resolve recorrer à amiga em busca de apoio."

Bom, a sinopse já diz tudo! Como seus filhos reagiriam se soubessem do seu passado? Vc era a garota comportada, que fazia tudo certinho, ou mudou muito, como a personagem Lavinia, que depois de casada é a típica "mãe e esposa exemplar".  Eu confesso que só de imaginar a Renata descobrindo as peripécias que eu aprontava começo a suar frio...rsrrs Mas acho que um dia ela vai saber (quando tiver capacidade para entender que nunca deve tentar nenhuma das minhas maluquices!kkk), pelo menos era o que eu dizia para minha melhor amiga, quando a arrastava para aprontar alguma: "ei, um dia vamos contar isso para os nossos netos e eles nem vão acreditar!!!"

Baci Thati


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Dia do Leitor

Hoje como é o dia nacional do leitor, o tema desse post não poderia ser diferente: livros!
 Sempre fui uma leitora voraz, desde pequena minha mãe me incentivou a ler, comprava muitos e muitos livros e eu me recordo de ficar horas sentada na sacada do apartamento lendo. Por isso os livros já faziam parte da vida da minha pequena antes mesmo dela nascer, ganhei muitos livrinho que eram da casa da minha mãe quando fiquei grávida, outros compramos, e assim a pequena biblioteca dela foi crescendo.
Quando a Renata começou a aprender a ler confesso que fiquei tensa: pedia que ela lesse tudo que via pela frente, desde anúncios de mercado até capas de revistas (tá, sei que isso não é certo e que essa pressão pode muitas vezes atrasar o processo). Mas o fato é que ela fez um excelente primeiro ano, a professora é realmente uma profissional da maior qualidade (além de ser uma fofa!) e tudo deu certo, minha pequena é uma ótima leitora.
Agora aos 9 anos ela mesmo escolhe os títulos que a interessam mais, e pedi que ela escolhesse seus 3 livros favoritos, então aí vai a lista:
 
Lucy detesta cor-de-rosa (Nancy Rue)
O Guia Oficial do Club Penguin (sim, ela ama o CP)
O que seu puffle diz sobre você (também do CP)
 
E mesmo ela sabendo ler, não abro mão da nossa leitura noturna, antes de dormir lemos juntas a Bíblia e o "Presente Diário traz Surpresas para hoje" (um devocional indicado para crianças a partir dos 7 anos).
E vcs, qual a relação de vcs e de seus filhos com os livros? Gostam de ler? Ler é uma diversão ou uma obrigação? Que livros seus filhos mais gostam de ler?
Vamos lá pessoal, no dia do leitor vcs não vão deixar de ler meu blog e fazer um comentário nesse post, certo?
Baci
Thati
 
 


sábado, 5 de janeiro de 2013

Os avós

Dizem que Vó é mãe com açúcar... Concordo plenamente, e acho que assim deve ser! A lembrança que tenho das minhas avós são muitas, apesar da nossa convivência não ter sido tão constante (uma por conta de morar longe, a outra por conta de morar mais longe ainda, no Canadá!), tenho ótimas recordações delas! Só conheci um avô, por parte de mãe, quando nasci o pai do meu pai já havia falecido. E do meu avô só me lembro bem nitidamente uma traquinagem que eu e minha irmã do meio aprontamos com ele. Minha irmã devia ter uns 8 anos e eu 6 anos. Meu avô fumava, mas como meu pai não gostava que fumasse no apartamento, ele se trancava no banheiro da empregada e lá acendia seu cigarro. Ele sempre guardava o maço no bolso de trás da calça. Até o dia em que eu e minha irmã querendo impedir que ele desse suas baforadas (crianças consciente desde cedo...rsrs) corremos atrás dele e tentamos puxar o maço do bolso... Mas o resultado foi um bolso rasgado e um vovô muito bravo!kkkkkkkkkkkkkkkkk Já a minha Vó, mãe da minha mãe, era a Vó que gostava de "estragar" os netos. Era ela que nos dava uma mesada (contávamos todo mês com aquele dindin, nunca falhava!), fazia seus jogos de loteria e nos deixava sonhar com o que queríamos ganhar caso ela fosse a feliz comtemplada (nunca foi!). Fazíamos listas intermináveis de brinquedos... Já a minha Vó paterna era um show à parte, quando era anunciada a vinda da "Vó do enroladinho" (por conta dos cabelos com permanente, lembram, aqueles caichinhos que a mulherada fazia, antes da era da chapinha...). Com ela vinham as malas enormes, os presentes diferentes, as histórias de um país onde nevava, e tantas outras maravilhas. Com ela aprendi a patinar no parque do Ibirapuera. Mas minha Vó, que tanto amava a Deus e a Sua Palavra, me marcou mesmo num dia em que me passou um belo sermão... Eu sempre pensando em uma travessura, resolvi enganar minha irmã mais velha. Depois do lanche em seu apartamento, peguei a toalha de mesa e avisei a todos que ia sacudí-la na janela para tirar as migalhas... Depois de esconder a toalha, voltei pra sala correndo, "desesperada", dizendo que havia derrubado a dita cuja lá em baixo!! Minha irmã foi correndo salvar a toalha da minha Vó, demorou um tempo, e quando voltou eu me acabava de rir, com a toalha na mão... Mas minha Vó não gostou nadinha da brincadeira, me chamou, pegou a Bíblia, e leu: " Como o louco que atira brasas e flechas mortais, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: "Eu estava só brincando!" Provérbios 26:18, 19. Lição aprendida, nada de enganar o próximo com brincadeiras onde só vc se diverte. E tantas outras recordações tenho dos meus avós, acho que daria bem para escrever um livro!
Mas daí vcs que lêem esse blog, estão se perguntando: mas o que isso tem a ver com a filha dela?? Respondo: tudo! Minha filha nasceu como eu no quesito avós, com 2 avós e um avô. Mas diferente do meu tempo, os avôs de hoje ainda trabalham (a maior parte, acho eu), querem se manter na ativa, e não tem todo aquele tempo disponível para os netinhos (no caso da Renata, só para ela, já que ainda é neta única do meu lado da família). Minha mãe curtiu (e curte) na medida do possível a Renata, mas por conta de uma meningite que evoluiu para um caso mais sério, nunca pôde ser aquela avó que senta no chão para brincar, que corre (ainda que poucos metros!rsrs) brincando de pega pega, enfim, eram sempre brincadeiras que não exigissem grandes movimentos. Já a minha sogra, por morarmos com ela, curtiu e ainda curte muito mais a Renata, claro. Mas também nunca foi aquela vó que aprontava com a neta, ensinava a fazer bolos, enfim, a vó dos contos de fada..kkkkk Confesso que parte disso não acontecer foi minha culpa, como moramos juntos, ela não pôde ser a vó que estraga, aquela que deixa o neto comer doce antes do almoço, que faz arte escondido dos pais, enfim, a típica vovó "tá tudo liberado!". Minha sogra nunca deu palpite na educação da pequena, e mesmo eu sabendo que ela desaprovava alguma atitude nossa, ela nunca se pronunciou, sempre respeitou nosso direito de pais. Mas eu queria sim, que a Renata tivesse aquela vó dos contos de fada, aquela que ensina a costurar (tá, eu ensinei isso para ela, mas é diferente de uma avó ensinar), aquela que faz bolos como ninguém, e canta para vc como a minha vó Áurea costumava cantar quando chorávamos: "encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora, e conta logo a tua mágoa toda para mim, quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora, que não vai embora, porque gosta de mim..."
E seus filhos, tem avós presentes? Como são com os netos?
Baci
Thati

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Amizade

Acho que essa é uma preocupação maior ainda para quem tem filho único: amigos! Sim, a minha pequena é filha única, por isso sempre me preocupei em "arranjar" amiguinhos para ela, desde bem novinha! Tenho fotos dela bebê passeando de carrinho com uma "amiguinha", fotos dela na igreja com os "amigos bebês", e depois, quando ela foi para escola aos 3 anos as coisas ficaram um tantinho mais fáceis, logo me entrosei com algumas mães e criamos laços de amizades entre nós e as pequenas. E nisso a Renata já tem amizades de 6 anos (o que é bastante, se vc considerar que ela só tem 9 aninhos!). Faço questão de sempre convidar as coleguinhas para brincarem aqui em casa, e de vez em quando a Renata também vai à casa delas para brincar. Aí as mães que tem mais de um filho vão me dizer: ah, mas amigo é diferente de irmão... Claro que é! Nem imagino como seria minha vida sem minhas irmãs, nossas histórias estão entrelaçadas, minhas recordações da infância são compartilhadas com elas, hoje somos adultas e o companheirismo e amor só cresce a cada dia, amo demais minhas irmãs. Mas o fato é que minha filha não terá nada disso, então só o que posso fazer é incentivar as amizades dela. Agora mesmo, ela acabou de perguntar se o pai não poderia buscar uma amiga para brincar com ela.... Chove, ela está de férias e não tem nenhuma amiguinha disponível... Enfim, em alguns momentos ela tem que se conformar em brincar sozinha (o que vamos combinar, a chato pra caramba!).
E vcs mamães, como lidam com as amizades dos filhotes? Incentivam, correm atrás de amigos para os filhos, deixam que eles se virem... E no caso dos filhos únicos, esquentam a cabeça e sofrem por o filho não ter com quem brincar às vezes?
Estou esperando os comentários, ok?
Baci
Thati

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Mais velho, do meio ou caçula

Estou lendo esse livro e achei bem interessante a forma como o autor aborda o tema sobre a influência na vida de uma pessoa que a ordem do nascimento pode exercer.

É curioso quando pensamos na ordem de nascimento das pessoas e como elas tendem a manter um padrão. Eu sou a caçula de uma famílía de 3 meninas. Depois de 2 menininhas certamente meu pai achava que seria presenteado com um garotão... Mas eu nasci! Tá, sempre fui uma garotinha meio "fora dos padrões normais", nunca gostei de Barbies, vestidos, laços na cabeça (na verdade, eu mal penteava os meus cabelos, minha irmã do meio lembra de quantas vezes dormi com um rabo de cavalo só para na manhã seguinte não ter que pentear o cabelo...rsrsrs). No livro citado, o autor comenta o fato que o irmão seguinte tende a ser o oposto do anterior. Ponto para ele, sou com certeza o oposto da minha irmã do meio. Já a mais velha encontra a sua discrição perfeita no livro, a certinha, a que sempre tenta agradar a todos (muitas vezes desagradando a si mesma), o modelo de perfeição a ser seguido pelas outras irmãs. E agora com a minha filha, sendo ela única, vejo o tamanho da responsabilidade que ela carrega. Ela é única para o bem, e para o mal. O lado bom é que dedicamos muita atenção a ela (certamente com mais de um filho a atenção individual fica dividida), procuramos encorajá-la em várias atividades que por questões financeiras não seria possível se ela tivesse irmãos, e vários outros aspectos. O lado ruim, é que mesmo sem querer, cobramos demais, achando que como é nossa única filha, é acertar ou acertar! (confesso, muito mais eu do que o pai!). Cobramos boas notas, bom comportamento, bons modos, e a lista não acaba por aí. Lembro de uma vez em que visitava uma amiga, e por ela ter uma neta quase da idade da Renata, a casa era cheia de brinquedos. Como era de se esperar, a Renata vinha toda hora perguntar se podia mexer nisso, se podia ver aquilo... Até que uma hora me irritei e soltei a pérola:
- Pára com isso menina, parece... E não completei a frase, talvez por falta de palavras que expresassem o que eu queria dizer... Nisso minha amiga, do alto da sua sabedoria de quem já educou três filhos, todos adultos agora, respondeu:
- É menina, pára com isso, parece criança!!!
Depois desse fora só pude dar risada da besteira que eu havia dito, afinal, que atitude eu esperava de uma criança numa casa cheia de brinquedos? Que ela ficasse quietinha, sentada de preferência, escutando um papo que em nada a interessava? Fala sério, passei dos limites. E muitas vezes, me pego cobrando da minha pequena atitudes de adulto, coisa que ela está longe de ser! Mas quem disse que ser mãe era fácil, não é mesmo? Eu sempre soube que não era, mas a medida que os filhos vão crescendo tudo fica muito mais complexo.
E na casa de vcs, como é? Vcs identificam traços de personalidade nos seus filhos, de acordo com a ordem do nascimento? Cobram demais dos mais velhos ou únicos? Mimam os caçulas? E os do meio, são mesmo os que recebem menos atenção?

Baci
Thati