sábado, 5 de janeiro de 2013

Os avós

Dizem que Vó é mãe com açúcar... Concordo plenamente, e acho que assim deve ser! A lembrança que tenho das minhas avós são muitas, apesar da nossa convivência não ter sido tão constante (uma por conta de morar longe, a outra por conta de morar mais longe ainda, no Canadá!), tenho ótimas recordações delas! Só conheci um avô, por parte de mãe, quando nasci o pai do meu pai já havia falecido. E do meu avô só me lembro bem nitidamente uma traquinagem que eu e minha irmã do meio aprontamos com ele. Minha irmã devia ter uns 8 anos e eu 6 anos. Meu avô fumava, mas como meu pai não gostava que fumasse no apartamento, ele se trancava no banheiro da empregada e lá acendia seu cigarro. Ele sempre guardava o maço no bolso de trás da calça. Até o dia em que eu e minha irmã querendo impedir que ele desse suas baforadas (crianças consciente desde cedo...rsrs) corremos atrás dele e tentamos puxar o maço do bolso... Mas o resultado foi um bolso rasgado e um vovô muito bravo!kkkkkkkkkkkkkkkkk Já a minha Vó, mãe da minha mãe, era a Vó que gostava de "estragar" os netos. Era ela que nos dava uma mesada (contávamos todo mês com aquele dindin, nunca falhava!), fazia seus jogos de loteria e nos deixava sonhar com o que queríamos ganhar caso ela fosse a feliz comtemplada (nunca foi!). Fazíamos listas intermináveis de brinquedos... Já a minha Vó paterna era um show à parte, quando era anunciada a vinda da "Vó do enroladinho" (por conta dos cabelos com permanente, lembram, aqueles caichinhos que a mulherada fazia, antes da era da chapinha...). Com ela vinham as malas enormes, os presentes diferentes, as histórias de um país onde nevava, e tantas outras maravilhas. Com ela aprendi a patinar no parque do Ibirapuera. Mas minha Vó, que tanto amava a Deus e a Sua Palavra, me marcou mesmo num dia em que me passou um belo sermão... Eu sempre pensando em uma travessura, resolvi enganar minha irmã mais velha. Depois do lanche em seu apartamento, peguei a toalha de mesa e avisei a todos que ia sacudí-la na janela para tirar as migalhas... Depois de esconder a toalha, voltei pra sala correndo, "desesperada", dizendo que havia derrubado a dita cuja lá em baixo!! Minha irmã foi correndo salvar a toalha da minha Vó, demorou um tempo, e quando voltou eu me acabava de rir, com a toalha na mão... Mas minha Vó não gostou nadinha da brincadeira, me chamou, pegou a Bíblia, e leu: " Como o louco que atira brasas e flechas mortais, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: "Eu estava só brincando!" Provérbios 26:18, 19. Lição aprendida, nada de enganar o próximo com brincadeiras onde só vc se diverte. E tantas outras recordações tenho dos meus avós, acho que daria bem para escrever um livro!
Mas daí vcs que lêem esse blog, estão se perguntando: mas o que isso tem a ver com a filha dela?? Respondo: tudo! Minha filha nasceu como eu no quesito avós, com 2 avós e um avô. Mas diferente do meu tempo, os avôs de hoje ainda trabalham (a maior parte, acho eu), querem se manter na ativa, e não tem todo aquele tempo disponível para os netinhos (no caso da Renata, só para ela, já que ainda é neta única do meu lado da família). Minha mãe curtiu (e curte) na medida do possível a Renata, mas por conta de uma meningite que evoluiu para um caso mais sério, nunca pôde ser aquela avó que senta no chão para brincar, que corre (ainda que poucos metros!rsrs) brincando de pega pega, enfim, eram sempre brincadeiras que não exigissem grandes movimentos. Já a minha sogra, por morarmos com ela, curtiu e ainda curte muito mais a Renata, claro. Mas também nunca foi aquela vó que aprontava com a neta, ensinava a fazer bolos, enfim, a vó dos contos de fada..kkkkk Confesso que parte disso não acontecer foi minha culpa, como moramos juntos, ela não pôde ser a vó que estraga, aquela que deixa o neto comer doce antes do almoço, que faz arte escondido dos pais, enfim, a típica vovó "tá tudo liberado!". Minha sogra nunca deu palpite na educação da pequena, e mesmo eu sabendo que ela desaprovava alguma atitude nossa, ela nunca se pronunciou, sempre respeitou nosso direito de pais. Mas eu queria sim, que a Renata tivesse aquela vó dos contos de fada, aquela que ensina a costurar (tá, eu ensinei isso para ela, mas é diferente de uma avó ensinar), aquela que faz bolos como ninguém, e canta para vc como a minha vó Áurea costumava cantar quando chorávamos: "encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora, e conta logo a tua mágoa toda para mim, quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora, que não vai embora, porque gosta de mim..."
E seus filhos, tem avós presentes? Como são com os netos?
Baci
Thati

4 comentários:

  1. Que lindo, Thati! Eu tambem queria uma vo de contos de fada ... Bjs

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    1. Delícia ter recordações assim né amiga? E os seus meninos, curtem muito sua mãe, não é mesmo? Baci Thati

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  2. legal o post Potato..eu nem sei o que é isto pq conheci minha vó já grande e o resto já tinha ido embora entãooo.. mas acho que a pequena curte razoavelmente (como vc disse dentro do que vc permite :s ) os avós ..a avó mima o pouco que vc deixa e o avô trás uvas pra ela..melhor do que eu que tudo que tinha era fotografias e lembranças..só que dos outros contarem.. :P Bj Du

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    1. Verdade marido, comparando com a sua experiência de avós, a Renata está muito bem! Nem tudo é como a gente sonhou, né? Quem sabe, se Deus permitir, eu serei a Vó dos contos de fadas...rsrsrs

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